2ª PARTE
Continuação
postagem anterior.
Por
Douglas Tufano
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói
das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era
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Como fica
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alcalóide
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alcaloide
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alcatéia
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alcateia
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andróide
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androide
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apóia
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(verbo apoiar)apoia
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apóio
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(verbo apoiar)apoio
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asteróide
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asteroide
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bóia
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boia
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celulóide
|
celuloide
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clarabóia
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claraboia
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colméia
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colmeia
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Coréia
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Coreia
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debilóide
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debiloide
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epopéia
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epopeia
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estóico
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estoico
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estréia
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estreia
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estréio (verbo estrear)
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estreio
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geléia
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geleia
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heróico
|
heroico
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idéia
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ideia
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jibóia
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jiboia
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jóia
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joia
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odisséia
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odisseia
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paranóia
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paranoia
|
paranóico
|
paranoico
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platéia
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plateia
|
tramóia
|
tramoia
|
Atenção:
essa regra é válida somente para palavras paroxítonas.
Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos
tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos:
papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se
usa mais o acento no i e no u tônicos quando
vierem depois de um ditongo.
Como era
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Como fica
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baiúca
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baiuca
|
bocaiúva
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bocaiuva*
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cauíla
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cauila**
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* bacaiuva = certo tipo de palmeira
**cauila = avarento
Atenção:
· se a
palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos:
tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
· se o i ou
o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece.
Exemplos: guaíba, Guaíra
3. Não se usa mais o acento das
palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era
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Como fica
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abençôo
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abençoo
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crêem (verbo crer)
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creem
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dêem (verbo dar)
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deem
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dôo (verbo doar)
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doo
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enjôo
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enjoo
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lêem (verbo ler)
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leem
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magôo (verbo magoar)
|
magoo
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perdôo (verbo perdoar)
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perdoo
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povôo (verbo povoar)
|
povoo
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vêem (verbo ver)
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veem
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vôos
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voos
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zôo
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zoo
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4. Não se usa mais o acento que
diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s),
pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era
|
Como fica
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Ele pára o carro.
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Ele para o carro.
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Ele foi ao pólo Norte.
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Ele foi ao polo Norte.
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Ele gosta de jogar pólo.
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Ele gosta de jogar polo.
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Esse gato tem pêlos brancos.
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Esse gato tem pelos brancos.
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Comi uma pêra.
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Comi uma pera.
|
Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é
a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª
pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo,
na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é
verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o
livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a
palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos
estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em
todas as aulas.
- É facultativo o uso do acento circunflexo para
diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a
frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do
bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico
das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo
dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia
dos verbos terminados em guar, quar e quir,
como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.
Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do
indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
· se
forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas
formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues,
enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas,
delínquam.
· se
forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser
acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais
fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam;
enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem;
delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a
pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Uso do hífen com compostos
1. Usa-se o hífen nas palavras
compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva,
arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém,
porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que
perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista,
paraquedismo.
2. Usa-se o hífen em compostos que
têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco,
blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom,
pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
3. Não se usa o hífen em compostos
que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai
de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de
força, cara de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre,
deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos
entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d'água,
pé-d'água.
5. Usa-se o hífen nas palavras
compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem
elementos de ligação. Exemplos:
Belo Horizonte - belo-horizontino
Porto Alegre - porto-alegrense
Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte
Ãfrica
do Sul - sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que
designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi,
peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia,
erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo,
cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que
designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido
original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico
de papagaio (deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie
de selo postal).Uso do hífen com prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em
palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos
que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro,
micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
2. Usa-se o hífen se o prefixo
terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
micro-ondas
anti-inflacioná¡rio
sub-bibliotecário
inter-regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo
terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra
começar por r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos:
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob,
usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:
sub-região
sub-reitor
sub-regional
sob-roda
2. Com os prefixos circum e pan,
usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.
Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos
ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei
4. O prefixo co junta-se
com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h.
Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s,
dobram-se essas letras. Exemplos:
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno
5. Com os prefixos pre e re,
não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e.
Exemplos:
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad,
usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r.
Exemplos:
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar
Outros casos do uso do hífen
1. Não se usa o hífen na
formação de palavras com não e quase. Exemplos:
(acordo de) não agressão
(isto é um) quase delito
2. Com mal*, usa-se o
hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l.
Exemplos:
mal-entendido
mal-estar
mal-humorado
mal-limpo
* Quando mal significa doença, usa-se o
hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver
elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro,
mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de
origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim.
Exemplos:
capim-açu
amoré-guaçu
anajá-mirim
4. Usa-se o hífen para ligar
duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
5. Para clareza gráfica, se no final
da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o
hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex-
-alunos.