quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Cedilha, quando usar!




A cedilha é um pequeno z, em português poderíamos chamá-la zedilha. A grafia atual teve origem na escrita gótica medieval ʒ. A utilização do sinal gótico é devido à limitação do alfabeto latino. O nome da cedilha provém do castelhano, tendo sido cunhado no século XVII.
O castelhano abandonou o uso da cedilha no século XVIII (o ç foi substituído por z ou c simples antes de e e i). Os outros idiomas próximos, catalão, francês e português, a conservaram.

A introdução e a manutenção da cedilha em português é uma maneira eficaz e consensual de regular definitivamente o problema da pronúncia ambígua do c latino. De fato, se o cê cedilhado precede um a, um o ou um u é pronunciado [s], ao contrário do cê não cedilhado, que é pronunciado [k], quando precede as mesmas vogais. Desta forma, o sinal permite evitar que se renuncie aos vínculos com o passado, preservando a coerência gráfica da língua e tornando a escrita menos ambígua. A presença da cedilha é importante numa palavra, pois deixa clara origem etimológica.

Cê-cedilha é a letra C com cedilha. Indica que o C passa a ter som de /s/. Só é usado antes de: a, o, u.


1ª parte fonte: Wikipédia


1 - Escrevem-se com Ç na correlação TER:

• Abster = abstenção;
• Obter = obtenção;
• Reter = retenção;
• Conter = contenção;
• Deter = detenção.

2 - Escrevem-se com Ç palavras derivadas de vocábulos terminados em TO e TOR:

• Intento = intenção;
• Canto = canção;
• Exceto = exceção;
• Junto = junção;
• Infrator = infração;
• Redator = redação;
• Setor = seção.

3 - Escrevem-se com Ç os sufixos –AÇÃO e –ÇÃO formadores de substantivos a partir de verbos:

• Formar = formação;
• Exportar = exportação;
• Construir = construção;
• Destruir = destruição;
• Trair = traição.

4 - Escrevem-se com Ç os sufixos –AÇA(O), -IÇA(O), -UÇA(O) e –AÇAL:

• Barcaça;
• Ricaça;
• Caniço;
• Dentuça;
• Carniça;
• Lamaçal.


Fonte 2ª parte: Recanto das letras: J C R Santos

domingo, 23 de dezembro de 2012

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Saci e Poetrix



     O dia em que nasceu Rabiscotrix com brasileirinhos aprendendo com POETRIX na Argentina.





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Brasileiro mirim: Cem anos de Gonzagão!

Brasileiro mirim: Cem anos de Gonzagão!

Cem anos de Gonzagão!

imagem de: com-limao-centenario-luiz-gonzaga-2012-destaque

Luís Gonzaga do Nascimento nasceu numa sexta-feira no dia 13 de dezembro de 1912, numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe, a 12 km de Exu (extremo oeste do Estado de Pernambuco, a 700 km do Recife), segundo filho de Ana Batista de Jesus (‘Mãe Santana’) e oitavo de Januário José dos Santos. O pe. José Fernandes de Medeiros o batizou na matriz de Exu em 5 de janeiro de 1913.

Deveria ter o mesmo nome do pai, mas na madrugada em que nasceu, seu pai foi para o terreiro da casa, viu uma estrela cadente e mudou de ideia. Era o dia de São Luís Gonzaga no mês do Natal, o que explica a adoção do sobrenome "Nascimento"

 O lugar no nascimento era no sopé da Serra do Araripe, e inspiraria uma de suas primeiras composições, "Pé de Serra". Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão; também consertava o instrumento. Foi com ele que Luís aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, composta em 1947 em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA


2ª PARTE

Continuação postagem anterior.
Por Douglas Tufano
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)

Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).


Como era
Como fica
alcalóide
alcaloide
alcatéia
alcateia
andróide
androide
apóia
(verbo apoiar)apoia
apóio
(verbo apoiar)apoio
asteróide
asteroide
bóia
boia
celulóide
celuloide
clarabóia
claraboia
colméia
colmeia
Coréia
Coreia
debilóide
debiloide
epopéia
epopeia
estóico
estoico
estréia
estreia
estréio (verbo estrear)
estreio
geléia
geleia
heróico
heroico
idéia
ideia
jibóia
jiboia
jóia
joia
odisséia
odisseia
paranóia
paranoia
paranóico
paranoico
platéia
plateia
tramóia
tramoia

Atenção:

essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.

Como era
Como fica
baiúca
baiuca
bocaiúva
bocaiuva*
cauíla
cauila**
* bacaiuva = certo tipo de palmeira
**cauila = avarento

Atenção:
·         se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
·         se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era
Como fica
abençôo
abençoo
crêem (verbo crer)
creem
dêem (verbo dar)
deem
dôo (verbo doar)
doo
enjôo
enjoo
lêem (verbo ler)
leem
magôo (verbo magoar)
magoo
perdôo (verbo perdoar)
perdoo
povôo (verbo povoar)
povoo
vêem (verbo ver)
veem
vôos
voos
zôo
zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era
Como fica
Ele pára o carro.
Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte.
Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo.
Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra.
Comi uma pera.

Atenção:

- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guarquar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
·         se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
·         se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Uso do hífen com compostos

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.

2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.

3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d'água, pé-d'água.

5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos:
Belo Horizonte - belo-horizontino
Porto Alegre - porto-alegrense
Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte
África do Sul - sul-africano

6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).

Casos gerais

1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano

2. Usa-se o hí­fen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
micro-ondas
anti-inflacioná¡rio
sub-bibliotecário
inter-regional

3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta

Casos particulares

1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:
sub-região
sub-reitor
sub-regional
sob-roda

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por mn e vogal. Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano

3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei

4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno

5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos:
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição

6. Na formação de palavras com abob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por bd ou r. Exemplos:
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar

Outros casos do uso do hífen

1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos:
(acordo de) não agressão
(isto é um) quase delito

2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
mal-entendido
mal-estar
mal-humorado
mal-limpo
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.

3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos:
capim-açu
amoré-guaçu
anajá-mirim

4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo

5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex-
-alunos.